segunda-feira, 18 de novembro de 2013

[Lunatic Sunflower]


the lunatic sunflower
rose under the sea
swam until the coast
dreaming in being free
always face the sun
shy to flirt with the moon
time for the heart to shine
but time does not come soon
but nothing dares to disbelieve
you don't need a mirror to see
that you don't need to birth as flower
to a lunatic sunflower be






quinta-feira, 10 de outubro de 2013

[ Corpo Mundo ] - [09-10-2013]

Os restos de raios de sol,
furtivos feixes de luz
adentram quietos o silencioso quarto
invadindo as brechas da empoeirada persiana
ao colidir com o corpo nu e calmo
revelam os trópicos nada tristes
não exatamente tropicais
mas maravilhoso novo mundo
de brandos mares inavegáveis
mas insistentemente velados,
aqueles mares jamais velejados,
pelos olhos secos do marujo.

[Foto de Lucien Cleigue]

[Foto de Metin Demiralay]

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Quebra-cabeça de ponta-cabeça [Poemia]

O que impede o por enquanto de ser pra sempre?

-------X-------

calafrio no calabouço
calaboca, camarada

-------X-------

Despreparo
nunca avanço,
sempre paro

-------X-------

Domingo
Dorme
Dormingo

-------X-------

Por essas coisas
desinteressantes
interessei-me antes

-------X-------

Visagem
a bagagem me diz
que não está só de passagem

-------X-------

esquisito
quando você era feio
eu te achava mais bonito

-------X-------

auto-controle
é auto-punição
ou auto-salvação
(?)
inibição da ação
atormentação

-------X-------

Como é incrível
o invisível

-------X-------

Uma vitrola sem agulha
é de arranhar o coração

-------X-------

Colombo combina
com a concubina
colombina

-------X-------

Hoje meu ser
amanhã meu será
(nada que já não tenha sido)





quarta-feira, 7 de agosto de 2013

[ O homem, o mar, a onda e o vento ] - [07-08-2013]

... Como o homem que passou a vida a olhar o mar e na última noite de lua, ao ver a onda se desfazer em espuma, jurou ao vento que aquela onda transescorrida sempre o vinha visitar.
             O vento, sempre atento
             rebateu o argumento:
'como pode você saber que a onda era sempre a mesma? Que as mesmas gotas de água, os mesmos grãos de areia e sal se uniram e tentaram fugir daquele monte de mar?'
   E o homem respondeu tão sereno quanto o canto das sereias, que o sonho e a vontade têm essa capacidade de unir aqueles que sabem enxergar o brilho da felicidade.
             O vento, naquele momento
             ainda confuso viu nascer seu primeiro sofrimento
             Queria ele ser ele mesmo outra vez
             para poder voltar à praia
             e ver crescer aquela mesma onda,
             vê-la correr para fugir do mar,
             se atirar à praia,
             se agarrar à areia,
             e logo depois voltar a ser mar.
             E se assim fosse
             o vento, tão violento
             viraria brisa.
   Aquela brisa de mar que por anos sussurrou seus sonhos no ouvido do homem.




Um conto com fragmentos de poesia.
Será que alguém algum dia já pensou nas ondas como tentando fugir do mar?

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Poesia (des)concreta - [ Farelo estrutural ]





=)

E uma outra poesia que explica o contexto em que esse poema aí de cima se fez na minha cabeça:

No justo momento em que eu estudava cromatografia
me veio uma vontade danada de fazer poesia
e mesmo sabendo que não devia
entreguei-me à ...grafia


Esses tempos eu andava tristonha porque há um bom tempo não escrevia poesia, nem texto, nem conto, nem nada. Nem desenhava ou pintava. Meu violão tá cheio de pó, meus dedos ausentes de calos.
[ continuo meio que assim, até agora só rolaram esses poeminhas ]

E eu estava realmente preocupada com isso. Eu estava acreditando que o contato intenso com a engenharia e toda sua lógica e o pensamento matemático quadrático das tabelas do excel estavam dizimando toda minha capacidade de pensamento poético. Cheguei até a escrever no meu caderno de cabeceira o epitáfio para o meu eu-lírico:

[ Boletim Informativo Pessoal ] - [ 15-05-2013 ]

Tenho sentido uma vontade absurda de poesia. Minha e de meus amigos que já se aventuraram a encostar a ponta do lápis no papel. Mas meus amigos não fazem mais poesia. Eu não faço mais poesia.
Por muito tempo me perguntei "o que nos falta para fazer poesia?", mas hoje eu percebi que a pergunta certa é "o que nos resta para fazer poesia?".

[ FIM ]

Bom, agora digo que alguma coisa me restou. Ou talvez tenha sido a última manifestação da resistência artística contra o estudo da cromatografia gasosa.

Viva la revolución!!!!!!


segunda-feira, 8 de abril de 2013

Nem Escafandro, nem Kafka, nem Raul. Talvez borboleta.

Decidiram caetanear Jean-Dominique Bauby
e o viraram do avesso
A borboleta enfim entregue aos ventos como o finalmente feliz final para Kafka
A borboleta voa e busca o mundo
e sente o mundo
Respingos de mares ancestrais em suas asas
ondas vulcânicas de calor
O abrigo das flores mais coloridas
o frescor da manhã mais nova
Luz inaugural do dia
nos recém-abertos mil olhos
Esvoaçar danças noturnas
secretas
apenas o farfalhar das asas
no sutil afago estrelar
trocas silenciosas de olhares
que se abrem e se fecham
em máscaras miméticas
flerte simétrico
vestir as asas
dos vôos troposféricos
desnublar os sonhos
desnudar o etéreo.
Desbravar o tudo
descobrir mistérios.
Ah! se um dia a borboleta
sentir vontade de voltar
ao casulo
com pesar irá constatar
que nele já não cabe mais
e com frio a borboleta
em suas próprias asas
se fechará.
Abra as asas, borboleta (!)
e se lance num tufão.

[Vôo das borboletas - Mário Brazil]

[Trailer - O Escafandro e a Borboleta]

[Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh - velha, velha, velha opinião]

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Losers, since 2005

31 de janeiro de 2005, dia que conheci as pessoas mais imbecis da minha vida... Que acabaram se tornando meus grandes amigos e pessoas que não posso mais viver sem! 8 anos de muita imbecilidade, demência, duelo, pobreza, rolês, algumas brigas e muito, MUITO, amor. AMO VOCÊS!

- Palavras de Bia Loser -

31 de janeiro de 2005: O dia que conheci as pessoas mais imbecis da minha vida. Sim, nós crescemos, mas basta nos reencontrarmos para fazermos novas imbecilidades.

HINO DO LOSERS FUTEBOL CLUBE:


"Quando surgem os Losers incompetentes
no lugar onde a derrota os aguarda
sabem bem o que vem pela frente
e a dureza do jogo atrapalha
E os Losers no fim da partida
transformando a derrota em lição
sabem sempre levar de vencido e mostrar
que um Loser é um Campeão!
Defesa que ninguém marca
Na linha atacante se mata
torcida que canta e grita
xingando o time inteiro (TIRA O MAGAL!)
Os Losers são encrenqueiros
e tem treta toda partida!"

Algumas muitas fotos de nossos piores/melhores momentos (afinal, são 8 anos...). Em sequência atemporal, assim como nosso amor^^